Trova do Recomeço
Pisando em folhas mortas,
retirei o lixo que havia na alma,
das tantas vias tortas caminhadas.
Procurei em vão, mão que afagasse,
coberta de lágrimas, a face marcada.
Supliquei por um colo que me acalentasse...
sem nada encontrar, fechei algumas portas
Encontrei, sem mágoas ou contrariedades,
velhos amigos, pretensas verdades...
rostos estranhos, olhos indecisos.
Prometi aos anjos e à vida
Ser mais livre, menos impreciso.
Lancei ao mar antigas dores
Acalentei meu próprio ser sem dissabores
Recomeço sereno, recomeço sem enganos
Recomeço uma fase, talvez mais colorida
Recomeço assim, outra versão de mim.
Maria da Penha Brandim de Lima
quarta-feira, 19 de agosto de 2009
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